Apesar da pompa e circunstância que reveste os fatos históricos em grande parte dos livros didáticos, não é preciso ser um grande gênio para imaginar que boa parte trajetória humana foi composta de acasos, excentricidades e momentos de franca estupidez. Mas não apenas isso: na verdade, caso confira a lista abaixo — organizada pelo site list25 —, é bem provável que você encontre algo desmentindo uma “verdade histórica” sagrada. Sobretudo quando se trata do senso-comum. Um exemplo? Há uma tendência de comparar a mortandade provocada pela Segunda Guerra Mundial ao primeiro conflito. Mas você sabia que cada uma das guerras mais sangrentas protagonizadas pela China mataram muito mais do que a Primeira Grande Guerra? No departamento de excentricidades, há cabeças de amantes decapitadas — e mantidas pelas esposas infiéis, a título de castigo —, há faraós que arrastavam para tumba todos os seus seguidores (vivos ou mortos) e há também a curiosa prática de esfregar urina nos dentes. Enfim, sem mais, confira abaixo fortes indícios de que a história humana não foi construída apenas de glórias e valores férreos (pelo menos de acordo com a moral vigente). Erros de ortografia e gramática na Constituição dos EUA “Democracia é com ‘c’ ou com ‘ss’?”, pode-se imaginar perguntando um dos membros da Convenção de Filadélfia, enquanto redigia o que é considerado um dos mais sagrados baluartes da política moderna — dependendo da porção do globo em que você esteja, naturalmente. Bem, mas, seja como for, fato é que há diversos erros de ortografia e gramática ao longo do documento. Dentaduras feitas com dentes de soldados mortos Até o início do século XIX, caso um soldado rangesse os dentes de frio, suspirando pela amada e pelo aconchego do lar, havia pelo menos um consolo bizarro: seria muito provável que a sua dentição acabasse preenchendo os espaços na boca de algum comerciante abastado — embora com péssima higiene bucal. Canecas feitas de crânios Não, provavelmente os seres humanos ainda não contavam com toda a criatividade atual na chamada “Era do Gelo” (sim, é daí que vem o nome do desenho). Entretanto, mesmo sem frases como “este crânio é de uso exclusivo de um corintiano”, fato é que, sim, as cacholas humanas eram usadas como copos à época. “Se queres a paz, prepara-te para a guerra” Flávio Vegécio não poderia estar mais certo com a frase acima. De fato, estima-se que, durante os últimos 3 mil anos, a humanidade contou com apenas 240 anos de paz. Sim, nós somos uma espécie encrenqueira. 40 milhões de baixas A chamada “Rebelião de Na Lushan” ocorreu durante a dinastia Tang, em meados do século VIII. Em coisa de cinco anos, a guerrilha conseguiu ceifar cerca de 40 milhões de almas — aproximadamente um sexto da população mundial. O Império Romano não foi tão grande assim Ao pensar em domínios de proporções bíblicas, é comum que muita gente traga à memória o Império Romano. Não por acaso, já que, no seu auge, o referido império se estendeu por mais de 6,5 milhões de quilômetros quadrados. Entretanto, em uma lista dos “mais-mais”, esse valor ocupa apenas a 19º posição — desconsiderando-se o domínio bélico e cultural, naturalmente, o que dificilmente poderia ser medido. Persas até onde a vista alcança… Eis aqui um bom exemplo de extensão imperial. Em seu auge (480 a.C.), o Império Persa cobriu aproximadamente 44% da população mundial. O chamado “Império Aquemênida” se estendia do Vale do Indo, no Leste, até a Trácia e a Macedônia, na fronteira nordeste da Grécia — chegando mesmo a controlar o Egito posteriormente. … e, só então, vêm os ingleses Naturalmente, o Império Persa (acima) guarda o recorde absoluto quando se trata de extensão populacional. Na verdade, mesmo o outrora gigantesco Império Britânico chegou a ter sob sua bandeira “apenas” 20% da população mundial. “Sua bandeira vale B-“ Pois é, os sacramentos dos EUA não foram construídos apenas por pessoas ruins de gramática e ortografia. De fato, elas também eram medíocres em design — ou pelo menos assim considerou o professor de Robert Heft. A bandeira estadunidense surgiu de um projeto escolar que levou “B-“ (entre 7,5 e 6,7). Quando o trabalho foi escolhido para representar a nação, o mesmo professor sabiamente alterou a nota para “A” (um belo e “redondo” 10). “Alguém mais ouviu um choro de bebê?!” Eis aqui um bom exemplo de “sorte no azar”. O filósofo pré-socrático Górgias de Epirus estava a alguns segundos de acompanhar sua falecida mãe ao paraíso platônico… Quando alguém ouviu um choro, vindo de dentro do ventre da defunta. Enfim, grande parte da filosofia pré-socrática é devida ao bom ouvido de alguém. Fonte: megacurioso Compartilhe isso:TweetWhatsAppTelegramMaisImprimirCompartilhar no TumblrCurtir isso:Curtir Carregando... Relacionado